Perfume, cabelo enrolado
Deus, o que eu fiz de errado?
Por não deixar as mãos se levarem
Pela falta do afago
Lâminas cortantes na pele sangrenta
Quanto mais sangra mais a dor aumenta
Sentados lado a lado no poema
Se não sangra, já virou tormenta
O tato do lábio molhado
O desejo de dois corpos ocuparem
O mesmo espaço outrora destinado
À dor de qualquer enamorado
E um adeus sem beijos de despedida
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