Fado Tropical

Chico Buarque

Composição de: Ruy Guerra / Chico Buarque
tom: Db Afinação: E A D G B E
[Intro] D#  D  D#  D 

     D                    Gm
Oh, musa do meu fado Oh, minha mãe gentil
    F                               A#
Te deixo consternado No primeiro abril
     G7                        D#
Mas não sê tão ingrata Não esquece quem te amou
      A7                              D7
E em tua densa mata Se perdeu e se encontrou

    D#                               D
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
 D#                                 D
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

  D                                Gm
"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
                                  F
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo
          A#
(Além da sífilis, é claro)
                        G7
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar
           D#
Esganar, trucidar
                           A7                   D7
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."

( D#  D  D#  D )

      D                      Gm
Com avencas na caatinga Alecrins no canavial
   F                              A#
Licores na moringa Um vinho tropical
  G7                   D#
E a  linda mulata Com rendas do Alentejo
     A7                              D7
De quem numa bravata Arrebato um beijo

    D#                               D
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
 D#                                 D
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

 D
"Meu coração tem um sereno jeito
                          Gm
E as minhas mãos o golpe duro e presto
                               F
De tal maneira que, depois de feito
                               A#
Desencontrado, eu mesmo me contesto
                                       G7
Se trago as mãos distantes do meu peito
                                     G7
É que há distância entre intenção e gesto
        D#
E se o meu coração nas mãos estreito
      A7
Me assombra a súbita impressão de incesto
  D7
Quando me encontro no calor da luta
                   D#
Ostento a aguda empunhadura à proa
                          D
Mas o meu peito se desabotoa
                             D#
E se a sentença se anuncia bruta
                                 D
Mais que depressa a mão cega executa
                             D
Pois que senão o coração perdoa"

    D                    Gm
Guitarras e sanfonas Jasmins, coqueiros, fontes
    F                             A#
Sardinhas, mandioca Num suave azulejo
     G7               D#
E o rio Amazonas Que corre Trás-os-Montes
   A7                       D7
E numa pororoca Deságua no Tejo

    D#                               D
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
 D#                                  D
Ainda vai tornar-se um império colonial

    D#                               D
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
 D#                                  D
Ainda vai tornar-se um império colonial

    D#                               D
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
 D#                                 D
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
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